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A Monsanto foi conferida sacralidade em tempos imemoriais. Mons Sanctus é assim denominado no foral atribuído por D. Afonso Henriques, em 1174. Para a teofania do espaço de Monsanto terá contribuído a forma dos montes que, por mais de uma centena de quilómetros em redor, avultam solitários na imensidade da Meseta.

 

Mostra-se no alto, dominador, quase inacessível. Aflorações graníticas emprestam-lhe o toque de atalaia que justificou, bem cedo, a atribuição de foral, a carta de lei que homens bons teceram e cumpriram.

 

Aldeia mais portuguesa de Portugal, situada na Raia, cumpre o fado de uma partilha e construção culturais que heranças e lembranças registam. Diferentes pessoas cruzaram-se, cruzam-se, na fronteira, arquitetando uma coluna vertebral que a trama de estórias e de história revelam.

 

Território indispensável na afirmação da identidade portuguesa, na sua dimensão universalista, a Raia ensinou o convívio com o Outro, contrabandeou fazeres e saberes.

 

Monsanto, aldeia mais portuguesa de Portugal, única e integrada num território único, localizada em pleno Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, e um dos ex-líbris da rede das Aldeias Históricas de Portugal - doze aldeias onde se aplica uma estratégia de desenvolvimento e valorização centrada nos valores da História, da Cultura e do Património.

 

MONSANTO ALDEIA MAIS PORTUGUESA

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